Português (brasileiro) Bíblia - João Ferreira de Almeida Atualizada

Isaías 9

Isaías

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Capítulo 10

1

 

  Ai dos que decretam leis injustas, e dos escrivães que escrevem perversidades;    

 

 


2

 

  para privarem da justiça os necessitados, e arrebatarem o direito aos aflitos do meu povo; para despojarem as viúvas e roubarem os órfãos!    

 

 


3

 

  Mas que fareis vós no dia da visitação, e na desolação, que há de vir de longe? a quem recorrereis para obter socorro, e onde deixareis a vossa riqueza?    

 

 


4

 

  Nada mais resta senão curvar-vos entre os presos, ou cair entre os mortos. Com tudo isso não se apartou a sua ira, mas ainda está estendida a sua mão.    

 

 


5

 

  Ai da Assíria, a vara da minha ira, porque a minha indignação é como bordão nas suas mãos.    

 

 


6

 

  Eu a envio contra uma nação ímpia; e contra o povo do meu furor lhe dou ordem, para tomar o despojo, para arrebatar a presa, e para os pisar aos pés, como a lama das ruas.    

 

 


7

 

  Todavia ela não entende assim, nem o seu coração assim o imagina; antes no seu coração intenta destruir e desarraigar não poucas nações.    

 

 


8

 

  Pois diz: Não são meus príncipes todos eles reis?    

 

 


9

 

  Não é Calnó como Carquêmis? não é Hamate como Arpade? e Samária como Damasco?    

 

 


10

 

  Do mesmo modo que a minha mão alcançou os reinos dos ídolos, ainda que as suas imagens esculpidas eram melhores do que as de Jerusalém e de Samária.    

 

 


11

 

  como fiz a Samária e aos seus ídolos, não o farei igualmente a Jerusalém e aos seus ídolos?    

 

 


12

 

  Por isso acontecerá que, havendo o Senhor acabado toda a sua obra no monte Sião e em Jerusalém, então castigará o rei da Assíria pela arrogância do seu coração e a pomba da altivez dos seus olhos.    

 

 


13

 

  Porquanto diz ele: Com a força da minha mão o fiz, e com a minha sabedoria, porque sou entendido; eu removi os limites dos povos, e roubei os seus tesouros, e como valente abati os que se sentavam sobre tronos.    

 

 


14

 

  E achou a minha mão as riquezas dos povos como a um ninho; e como se ajuntam os ovos abandonados, assim eu ajuntei toda a terra; e não houve quem movesse a asa, ou abrisse a boca, ou chilreasse.    

 

 


15

 

  Porventura gloriar-se-á o machado contra o que corta com ele? ou se engrandecerá a serra contra o que a maneja? como se a vara movesse o que a levanta, ou o bordão levantasse aquele que não é pau!    

 

 


16

 

  Pelo que o Senhor Deus dos exércitos fará definhar os que entre eles são gordos, e debaixo da sua glória ateará um incêndio, como incêndio de fogo.    

 

 


17

 

  A Luz de Israel virá a ser um fogo e o seu Santo uma labareda, que num só dia abrasará e consumirá os seus espinheiros e as suas sarças.    

 

 


18

 

  Também consumirá a glória da sua floresta, e do seu campo fértil, desde a alma até o corpo; e será como quando um doente vai definhando.    

 

 


19

 

  E o resto das árvores da sua floresta será tão pouco que um menino as poderá contar.    

 

 


20

 

  E acontecerá naquele dia que o resto de Israel, e os que tiverem escapado da casa de Jacó, nunca mais se estribarão sobre aquele que os feriu; antes se estribarão lealmente sobre o Senhor, o Santo de Israel.    

 

 


21

 

  Um resto voltará; sim, o resto de Jacó voltará para o Deus forte.    

 

 


22

 

  Porque ainda que o teu povo, ó Israel, seja como a areia do mar, só um resto dele voltará. Uma destruição está determinada, trasbordando de justiça.    

 

 


23

 

  Pois uma destruição, e essa já determinada, o Senhor Deus dos exércitos executará no meio de toda esta terra.    

 

 


24

 

  Pelo que assim diz o Senhor Deus dos exércitos: Ó povo meu, que habitas em Sião, não temas a Assíria, quando te ferir com a vara, e contra ti levantar o seu bordão a maneira dos egípcios;    

 

 


25

 

  porque daqui a bem pouco se cumprirá a minha indignação, e a minha ira servirá para os consumir.    

 

 


26

 

  E o Senhor dos exércitos suscitará contra ela um flagelo, como a matança de Midiã junto à rocha de Orebe; e a sua vara se estenderá sobre o mar, e ele a levantará como no Egito.    

 

 


27

 

  E naquele dia a sua carga será tirada do teu ombro, e o seu jugo do teu pescoço; e o jugo será quebrado por causa da gordura.    

 

 


28

 

  Os assírios já chegaram a Aiate, passaram por Migrom; em Micmás deixam depositada a sua bagagem;    

 

 


29

 

  já atravessaram o desfiladeiro, já se alojam em Geba; Ramá treme, Gibeá de Saul já fugiu.    

 

 


30

 

  Clama com alta voz, ó filha de Galim! Ouve, ó Laís! Responde-lhe, ó Anatote!    

 

 


31

 

  Já se foi Madmena; os moradores de Gebim procuram refúgio.    

 

 


32

 

  Hoje mesmo parará em Nobe; sacudirá o punho contra o monte da filha de Sião, o outeiro de Jerusalém.    

 

 


33

 

  Eis que o Senhor Deus dos exércitos cortará os ramos com violência; e os de alta estatura serão cortados, e os elevados serão abatidos.    

 

 


34

 

  E cortará com o ferro o emaranhado da floresta, e o Líbano cairá pela mão de um poderoso.    

 

 


Isaías 11

 

 

 

 

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